Karina acreditava em si mesma.
Porém, ela não conseguia acreditar em Ademir.
Assim que ele soubesse, que tinham um filho, ele não a perdoaria!
— Não, não... — Karina temia essa sensação e, instintivamente, balançou a cabeça.
Karina não queria isso.
Não era isso o que já havia decidido? Ela só queria saber quem era o pai do filho...
Apenas isso.
Agora, por ser Ademir, ela deveria aceitá-lo?
— Mas, não é igual, não é a mesma coisa.
Ademir sabia da existência daquela criança, e ele deveria ter o direito de saber, ele era o pai do filho!
O que fazer?
Por que tinha que ser ele?
Além disso, quem era a pessoa desconhecia usando o modulador de voz?
Como ela sabia a verdade? E por que, afinal, teve que revelar a verdade para ela?
Ele estava atrás dela ou de Ademir?
Seria inimigo? Ou aliado?
Karina sentia uma dor de cabeça intensa, incapaz de tomar uma decisão.
Ela permaneceu ali, imóvel, o vento frio do inverno a envolvia, mas ela mal sentia o frio.
O inverno