A voz dela também estava suave:
— Eu acabei de tirar e deitei direto, não coloquei meias novas.
Assim que terminou de falar, a mão do homem pousou na testa de Karina. Estava fria, mas muito confortável.
Karina não conseguiu evitar e estreitou levemente os olhos.
Ademir notou esse pequeno gesto, e aquilo lhe causou uma sensação inquietante. Seu coração coçava, e sua garganta também.
Sem perceber, seu tom de voz ficou mais suave:
— O médico chegou. Deixe ele dar uma olhada.
Ele se virou para chamar o médico:
— Venha.
— Sim, Sr. Ademir. — O médico se aproximou e examinou Karina. — Ela pegou um resfriado, mas a febre não está alta. Como está grávida, é melhor evitar medicamentos.
Pegou um frasco de álcool da maleta:
— Passe no corpo dela e tente baixar a temperatura de outras formas. Além disso, use duas bolsas de gelo, uma na testa e outra sob as axilas. Isso deve ajudar. Se não resolver, aí sim recorremos ao antitérmico.
Só isso?
Ademir não estava convencido: