Já não havia mais o choque inicial; Karina foi lentamente se acalmando.
Ela não respondeu de imediato, mas sorriu e perguntou ao Ademir:
— Por que está me perguntando isso?
Vendo a reação de Karina, Ademir já estava praticamente convencido de que ela realmente havia sido injustiçada.
Depois de terem sido casados, Ademir ainda a entendia, pelo menos um pouco.
Só não sabia se deveria ficar aliviado ou triste.
Ademir a observava com atenção:
— Eu só quero saber a verdade.
O quê?
Karina sentia um sorriso querendo escapar, e logo não conseguiu mais segurar.
Ela riu, uma risada leve, mas cheia de significado.
— Karina. — Ademir franziu a testa, tentando controlar o desconforto.
— Desculpe. — Karina fez um esforço visível para controlar a risada e, com um tom incisivo, mudou de assunto. — A situação já está bem clara, Sr. Ademir. O que exatamente você quer fazer? Quer saber a verdade? Mas você já tem a resposta, não tem?
— Eu sei. — Ademir franziu ainda mais o cenho,