Karina, usando máscara e luvas, saiu para receber os pacientes.
— O que aconteceu?
— Foi ferido no peito por um chifre de boi!
— Mas isso é no abdômen!
Karina acenou com a cabeça e disse:
— Leve ele para dentro, avise a enfermeira para liberar a passagem e informe ao centro cirúrgico para preparar a mesa de operação. Eu vou coletar o sangue, e assim que os resultados saírem, avise o banco de sangue para preparar a transfusão!
— Certo!
Embora Karina estivesse com a barriga já bem grande, ela não demonstrava fraqueza alguma. Suas ações eram rápidas e precisas, sem nada que a diferenciasse de qualquer outra pessoa em boas condições físicas.
Quando Ademir chegou, viu apenas Karina se virando e entrando pela porta dos fundos da emergência, que se fechou rapidamente atrás dela.
O momento de chegada de Ademir foi, ao mesmo tempo, uma sorte e uma infelicidade.
Ele só pôde se sentar no banco da sala de espera e aguardar por Karina.
Não demorou muito até ela sair novamente.