Embora Karina falasse com calma, seu coração estava esmagado.
A dor era intensa, ela sentia como se algo estivesse rasgando por dentro.
Mas quanto mais doía, mais ela se mantinha lúcida.
Empurrando Ademir gentilmente contra seu peito, ela começou a afastá-lo lentamente:
— Vai embora, já está muito tarde, eu preciso dormir.
Ela forçou um semblante cansado.
Ademir resistiu por um momento, mas não teve escolha a não ser soltá-la.
— Me deixe em paz, é melhor para nós dois. Ademir, viver com duas pessoas vai te cansar. — Karina disse isso e se virou, entrando para dentro da casa de repouso.
Ademir ficou parado, observando o seu rosto com um olhar perdido, sem saber o que fazer.
Deveria deixá-la ir?
Ele já havia feito isso antes, mas agora... Agora ele não conseguia mais. Ele não conseguia deixá-la partir. Ele não conseguia abrir mão dela!
No dia seguinte, Cecília chegou de manhã bem cedo, pegando o primeiro metrô. Ao chegar, viu o carro de luxo estacionado em frente à