Talvez, desde o início, ele já tivesse pensado em comemorar o aniversário com a Vitória.
Ela deveria, dali em diante, guardar seu coração e deixar de fazer essas coisas bobas. Ela se esforçava tanto, mas ele não precisava disso, e no final, só acabava deixando todo mundo constrangido.
Deitada na cama, com a luz apagada, Karina se preparava para dormir.
Mas, de repente, ela ouviu um barulho vindo da porta.
Parecia que a fechadura estava girando?
Karina imediatamente se virou, se sentando na cama.
Nesse momento, a porta foi aberta, a luz principal acendeu, iluminando todo o quarto.
Ademir entrou, jogando a chave sobre o sofá com desprezo.
Karina ficou paralisada. Ela se esqueceu de que aquela era a casa dele, como ele poderia não ter a chave do quarto?
Ademir caminhou em sua direção e, com um movimento calmo, se sentou de pernas cruzadas na cama:
— Não vai me deixar entrar? Então, onde eu vou dormir? Este é o nosso quarto, metade é meu.
Karina o encarou por dois segundos, então assentiu