Capítulo 418
A boca de Karina estava cheia de comida, e ela apenas balançou a cabeça.

No entanto, ela não olhou para ele.

Ademir sentiu uma dor no peito, sabia que a havia magoado ao deixá-la esperando sozinha a noite toda:

— E amanhã à noite, que tal? Eu vou fazer a reserva no restaurante, e garanto que vou chegar antes de você.

— Não precisa. — Karina continuou balançando a cabeça, pegando um pedaço de rabanete picante, e murmurou em voz baixa. — Só resta esse.

— Eu te sirvo mais. — Ademir se levantou imediatamente, pegando o prato vazio.

Mas logo percebeu que não sabia onde o prato estava.

Procurou na geladeira, mas não encontrou nada.

Então, disse:

— Vou chamar a Wanessa.

— Não precisa.

— Não tem problema. — Ademir insistiu. — Você não queria mais, não?

— Eu disse que não precisa. — Karina franziu a testa e deixou o garfo de lado. — Por que você sempre faz isso? Se eu preciso ou não, eu mesma decido.

Sua voz estava claramente carregada de frustração.

Ademir percebeu
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