Com um sorriso frio, ele deu um olhar significativo na direção da porta e disse:
— Nossos homens vão te levar até a delegacia. Afinal, isso não é seu!
A expressão do homem mudou instantaneamente, e ele engoliu em seco.
— Vocês... Como sabem que isso não é meu?
— Fale logo! — Júlio gritou de repente, com raiva. — Não perca mais tempo com essas perguntas sem importância!
— Falar, eu falo! — O homem estava completamente amedrontado. Ele era apenas um homem de meia-idade comum, mas nem Júlio havia usado de força ainda e ele já estava com medo. — Fui eu que roubei!
Roubou?
Ademir e Júlio se entreolharam. Realmente não era dele!
Ou seja, não poderia ser de um familiar ou amigo dele também.
Sem precisar de uma ordem de Ademir, Júlio voltou a perguntar:
— De quem você roubou?
Ademir estava muito tenso, prendendo a respiração enquanto aguardava pela resposta.
— Isso... — O homem balançou a cabeça, confuso. — Não sei de quem é...
— Ainda se atreve a mentir pra mim?
— Não, não! — O homem ba