— Vovô...
Como Karina poderia aceitar isso? Ela havia acabado de escapar de um casamento insustentável, teria que se lançar em outro de novo?
Ao perceber sua relutância, Otávio suspirou.
— Você não precisa me responder agora. Uma decisão tão importante assim, claro que precisa ser bem pensada, não é? — Otávio sorriu levemente. — O vovô te dá dois dias. Daqui a dois dias, você me responde. Até lá, se precisar de dinheiro, o vovô te dará, é pouco, e não precisa me devolver. O que vovô dá, não se devolve.
Otávio fez uma pausa, enfatizando:
— Não é que você precise aceitar. Independentemente da sua resposta, você me chama de vovô, e eu serei sempre seu avô. Nunca a forçarei.
Isso...
Karina também não sabia o que dizer.
Embora ele tivesse dito aquilo, ela não se sentiu mais leve.
Pelo contrário, seu coração estava ainda mais pesado.
...
Karina abriu a porta e, ao sair, deu de cara com Ademir, que acabava de chegar.
Ambos ficaram parados, trocando olhares breves, mas logo desviaram.
Ademir h