Júlia tinha pouco mais de quarenta anos, vivia uma vida confortável e sempre teve uma saúde excelente.
Túlio não conseguia conceber que sua mãe estivesse doente, e ainda por cima, com uma enfermidade tão grave.
Ele tentou manter a calma:
— O que o médico disse? O tumor é benigno ou...
— Ainda não sabemos. — Zeca balançou a cabeça. — Isso só poderá ser determinado após a cirurgia e exames mais detalhados.
Essas palavras fizeram o coração de Túlio afundar ainda mais.
Pai e filho ficaram em silêncio, compartilhando a mesma angústia.
— Vá ficar um pouco com sua mãe. — Zeca deu um tapinha no ombro de Túlio. — Desde que você se mudou, ela pensa em você todos os dias.
Túlio assentiu dolorosamente e empurrou a porta do quarto, entrando.
No quarto, Júlia dormia tranquilamente.
Túlio ficou ao lado dela a noite inteira, sem sair por um minuto.
Na manhã seguinte, Júlia acordou, com um ânimo razoável, e ficou ainda mais feliz ao ver o filho.
— Túlio, você veio. — Disse ela, tentando se levantar.
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