— Solte, solte já!
Karina estava prestes a chorar de tanta dor. A mão daquele homem a apertava como um alicate.
— O que você está se mexendo à toa?
Ademir não soltou Karina. Ele sabia que o que fez naquela noite estava errado. Porém, algo dentro dele o incomodava profundamente.
Embora sentisse culpa e preocupação, ao vê-la rindo e conversando com um estranho em um carro esportivo, uma raiva incontrolável tomou conta dele.
Ele abriu levemente os lábios, querendo se desculpar:
— Eu...
— Eu não quero falar com você!
Karina, porém, não queria ouvir. Ele a abandonou e ainda estava zangado com ela. Com que direito?
Ela se esforçou para se soltar, mas no momento em que conseguiu, perdeu o equilíbrio, recuando várias vezes, o que fez a dor em seu pé latejar intensamente. Gritou de dor:
— Ah...
A situação deixou Ademir surpreso, e ele franziu a testa:
— O que você está tramando agora?
Karina exclamou com raiva:
— Você é um cego! Não é como se eu estivesse tramando algo para você ver!
Ele penso