Não demorou muito, e um trovão ecoou no céu.
De repente, começou a cair uma chuva forte.
Karina franziu as sobrancelhas e o apressou:
— Vá logo! A chuva está forte, vai ficar ainda mais difícil de procurar.
Ela não estava brava; pelo contrário, estava pensando no bem dele.
Por um momento, Ademir não sabia se deveria ficar feliz ou triste.
Ele se levantou, com as sobrancelhas apertadas, e disse:
— Então, vou indo. Coma devagar, não tenha pressa. Comer rápido faz mal.
— Eu sei. — Karina assentiu sorrindo.
Ademir ainda não estava tranquilo:
— Além disso, o Enzo e o Bruno vão te levar para casa.
Ela sabia que os dois irmãos estavam sempre ao lado de Ademir para protegê-lo.
Mesmo que ele dirigisse, eles o seguiriam discretamente logo atrás.
Karina, mordendo um pedaço de costeleta de cordeiro, não conseguiu falar, apenas balançou a cabeça repetidamente.
— Quando chegar em casa, me ligue.
— Tá bom... — Karina não conseguiu segurar o riso. — Vá logo, não sou mais