Para as palavras de Filipe, que soavam como um sonho impossível, Patrícia nem se deu o trabalho de responder, nem sequer olhou para ele.
A campainha tocou, e Filipe foi atender. Era a empregada que ele havia chamado.
— Sr. Filipe.
— Sim.
Filipe deu algumas instruções à empregada, principalmente sobre os hábitos alimentares e a rotina de Patrícia.
— Apenas cuide bem da senhora.
— Sim, Sr. Filipe.
Quando se virou, Filipe não viu mais Patrícia.
Então subiu para o andar de cima e encontrou Patrícia deitada na cama, sem sequer ter se coberto.
Filipe franziu as sobrancelhas e foi até Patrícia para a cobrir com o cobertor:
— Liguei o ar-condicionado. Se cubra um pouco, senão você pode pegar um resfriado enquanto dorme.
Patrícia não disse nada. Assim que Filipe soltou o cobertor, ela o chutou para longe.
Filipe, sem outra escolha, cobriu Patrícia novamente, mas ela tornou a chutar o cobertor.
— Patrícia. — Filipe franziu as sobrancelhas. — Se você quer me enfrentar, primeiro precisa cuidar de