— Sr. Pinto...
Heitor levantou o braço, preparado para segurar o Sr. Pinto caso ele desabasse.
— Estou bem.
Depois de um longo momento, Filipe abriu os olhos, seu rosto estava ainda mais sombrio.
Heitor percebeu que, naquele instante, o brilho nos olhos do Sr. Pinto havia desaparecido completamente.
— Você... Você disse...
Filipe lutava para controlar sua respiração, enquanto o pomo de Adão subia e descia rapidamente. Mas ele simplesmente não conseguia pronunciar aquelas três palavras.
Lambendo os lábios secos com dificuldade, ele perguntou em um tom baixo:
— Ela está no Hospital J?
— Sim. Já faz cinco dias que ela está internada.
— Certo. — Filipe assentiu, abriu a gaveta e pegou as chaves do carro. Então, deu instruções a Heitor. — Cancele a reunião. Qualquer outra coisa, resolva você.
— Sim, Sr. Pinto.
Filipe estava prestes a sair.
— Sr. Pinto. — Heitor segurou Filipe pelo braço e sugeriu. — Chame o motorista para o levar. Não dirija sozinho.
Do jeito que Filipe estava, ele claramen