Lembrar.
Ademir disse que a criança seria dele no futuro.
Karina não disse nada, abaixou a cabeça, parecendo uma criança que cometeu um erro.
— Você não precisa ser assim. — Ademir segurou a mão dela, acariciando ela. — Eu só te falei uma coisa, e você já ficou chateada? Foi minha culpa, não deveria ter sido tão severo. Quando você tem tempo?
Karina pensou um pouco:
— Estou quase terminando meu trabalho no hospital, tenho estado livre ultimamente, mas ainda preciso ir ao hospital.
— Tudo bem. — Ademir acenou com a cabeça. — Então eu vou ao hospital e te dou uma ligada.
— Certo.
Depois de tomarem café da manhã, Ademir levou Karina ao Hospital J, saiu do carro e a acompanhou até a ala cirúrgica.
— Está tudo bem, você pode ir. — Karina acenou para ele.
— Tudo bem. — Ademir fez um gesto de despedida. — Não esqueça de almoçar direitinho.
Karina não conseguiu conter o riso; antes, nunca havia percebido que ele tinha esse lado tão paciente.
Ele tratava todas as mulheres