— Vovô? — Ademir franziu a testa, sem conseguir esconder a surpresa, e perguntou em voz baixa. — A Karina sabe disso?
Otávio lançou um olhar ao neto:
— Precisa mesmo perguntar? Eu trouxe a filha dela para cá, como poderia não ter falado com ela antes?
Ou seja, Karina estava ciente.
E mais que isso, havia concordado com tudo.
...
Quando saiu do trabalho, Karina foi direto buscar Joyce.
Joyce estava sentada no colo de Ademir, contando a ele uma historinha que havia aprendido naquele dia:
— O menininho olhou para essa imagem e disse que o dragão não tinha olhos. Essa não é uma foto boa.
Falar inglês não era difícil para Joyce, mas aquela historinha era nova.
Karina não os interrompeu. Se aproximou da cama e disse suavemente:
— Vovô.
— Você veio? — Otávio sorriu, desviando o olhar do neto e da bisneta. — Obrigado por ter vindo. Foi uma correria, né?
— Que conversa é essa? — Karina fingiu estar brava, mas o tom era leve. — Não foi nada de mais, eu já estava indo para casa mesmo.
— Karina, o