Ademir ainda estava sentado no sofá. Arthur virou a cabeça, mas só conseguiu ver suas costas.
Ouviu apenas ele dizer:
— Você foi capaz de usar até seu velho pai à beira da morte. O avô estava certo, o filho dele já morreu há muito tempo.
Ao escutar essas palavras, a expressão de Arthur se encheu de culpa.
— Ademir, eu...
— Saia. — Ademir o interrompeu, dizendo com frieza. — Não quero conversar com alguém como você. Júlio...
— Estou aqui. — Júlio imediatamente se levantou, se posicionando diante de Arthur. — Por favor, vá embora agora mesmo. Caso contrário, não diga que não foi avisado.
Sem saída, Arthur não teve escolha a não ser partir. E, naquele momento, qualquer palavra adicional parecia desnecessária.
Com o rosto carregado de arrependimento, se virou e acompanhou mãe e filho, indo embora.
Assim que se foram, Júlio não conseguiu conter sua inquietação:
— Ademir, você realmente aceitou isso? Permitir que aqueles dois entrem para o Grupo Barbosa não é o mesmo que arrumar mais problem