Filipe franziu a testa:
— Patrícia, eu já disse, se estiver chateada, pode me torturar.
— Te torturar? — Patrícia sorriu. — Pois é, quando eu me torturo, é você quem sofre, não é, Sr. Pinto? Ver eu me machucando... Não te deixa angustiado? Não te parte o coração?
— Você sabe disso? — Filipe disse, surpreso. — Eu achava que você não entendia nada... Se sabe que eu me importo, por que ainda quer se afastar de mim?
— Você tem certeza de que é por mim que sente dor? — O olhar de Patrícia se tornava cada vez mais gélido. — Filipe, você não é um homem de verdade. Você nem sequer tem coragem de admitir quem é a pessoa que realmente ama. Toda essa sua preocupação, diante de mim, que sou apenas uma substituta, não tem valor algum.
A expressão de Filipe mudou no mesmo instante.
Patrícia puxou o cobertor para o lado e se apoiou com o braço para se levantar.
— O que você vai fazer? — Filipe soou um pouco aflito.
— Eu vou embora. Quero sair daqui. — Patrícia já estava sentada.
— Deita.
Mas Filipe r