— Criança tola. — Otávio balançou a cabeça com um sorriso. — Não se culpe, viver é aceitar que haverá muitas coisas fora do nosso controle.
Karina, envergonhada, não soube o que dizer.
— Nada de chorar, tá bom? — Otávio perguntou com carinho. — E a minha princesinha? Por que a Joyce não veio me ver?
Karina enxugou as lágrimas:
— Eu vim com pressa dessa vez e não trouxe ela comigo, mas prometo que da próxima vez trarei ela para te ver.
Otávio assentiu satisfeito:
— Só não vai me enganar, hein. Karina, na vida do Ademir, talvez a Joyce seja a única filha que ele terá.
Ele apertou a mão dela com firmeza e disse com seriedade:
— Obrigado por acompanhar a Joyce durante o crescimento dela. A família Barbosa só tem ela agora.
As lágrimas voltaram a escorrer pelos olhos de Karina.
Ela quis dizer que não seria assim, que no futuro Ademir ainda teria outros filhos.
Mas não conseguiu pronunciar essas palavras. Apenas assentiu:
— Eu entendi, vovô. Pode ficar tranquilo.
— Que bom. — Otávio sorriu.