Talvez fosse pela dor intensa que ela acabou criando uma ilusão.

Ademir, de repente, viu lágrimas nos olhos de Karina.

“Foi por preocupação comigo, não foi? Você está chorando?”

Ele não pôde evitar sorrir.

Karina não entendeu, o que ela tinha dito estava engraçado?

— Não é nada. — Ademir riu baixinho, tentando explicar. — Com essa atitude, vou acabar achando que você me ama, mas não admite com palavras.

Antes que Karina tivesse tempo de reagir, ele balançou a cabeça, negando.

— Eu sei, não é isso.

Karina piscou, seu coração acelerou.

Ela de repente ficou um pouco nervosa:

— Eu vou dar um jeito nos resíduos.

Esses resíduos não podiam ser descartados de qualquer forma. Maia não entenderia, ela precisava fazer isso sozinha.

— Karina. — Ademir a segurou. — Me diz o que eu preciso fazer para mudar sua opinião? Será que se eu morrer por você, como o Túlio fez, você passaria a considerar ficar comigo?

“Como ele pode pensar isso?”

O coração de Karina tremeu, ela balançou a cabeça.

— Fazer supo