Ao longo do caminho, Ademir segurava com força a mão de Karina, relutante em soltá-la, como se tivesse medo de que ela desaparecesse a qualquer momento.
O coração de Karina também estava conturbado.
Ela pensou consigo mesma: ela realmente era uma pessoa fria.
Embora em cada relacionamento ela tivesse sido machucada e tivesse passado por momentos de tristeza, a verdade era que sempre era ela quem se recuperava primeiro.
O sofrimento, no fim das contas, ficava com a outra pessoa.
Antes, era o Nuvem.
Agora, era Ademir.
...
O carro parou em frente ao prédio.
— Cuidado. — Karina ajudou Ademir a sair do carro e lhe deu um sorriso suave. — Adivinha quem veio te ver?
Ademir ficou surpreso por um momento:
— Quem?
— Tio, tio!
Não era necessário que Karina respondesse, pois, da direção da porta do prédio, uma pequena figura corria alegremente em direção a ele.
Enquanto corria e sorria, Joyce estendia os braços, querendo um abraço.
— Tio!
A expressão de Ademir se iluminou imediatamente, e ele se a