A casa adormecia, embalada por ecos de risos e o aroma distante das panquecas doces que ainda pairava no ar. Mas no segundo andar, dentro de um quarto iluminado apenas por um abajur de luz âmbar, o coração de uma jovem batia forte demais para descansar.
April subiu as escadas como quem flutua, com os lábios ainda sensíveis, as bochechas coradas e o corpo leve. O beijo com Tomás ainda pulsava em sua memória como se tivesse acontecido segundos antes. Seu coração parecia conversar em outra língua, e suas pernas, embora firmes, mal tocavam o chão.
Ao empurrar a porta devagar, encontrou uma surpresa.
— Mãe? — exclamou, piscando como se estivesse sonhando.
Helen estava sentada com tranquilidade na beirada da cama, espalhando creme nas mãos com um ar casual, casua