— Que sequestro?! Você está inventando coisa! — Gritou Helena, a voz carregada de pânico.
Ela rapidamente digitou no celular e transferiu vinte mil para o homem com os dentes cerrados. Escreveu na descrição da transferência: "Se continuar me perturbando, nunca mais vê um centavo meu."
O homem olhou para o saldo com desagrado, mas mesmo assim se levantou cambaleando e, com um sorriso nojento, mandou um beijo no ar para Helena.
— Beleza, beleza. O papai está indo embora. Minha filhinha querida, não vai me esquecer, hein?
Assim que ele virou as costas, Helena relaxou bruscamente, soltando o ar preso nos pulmões. Ela já estava pensando em alguma desculpa para enganar José e Cida, quando levantou os olhos e viu o pai adotivo bloqueando a porta.
— Você disse sequestro de cinco anos atrás? O que você sabe sobre isso? — A voz dele soava áspera.
Na cabeça dele, as cenas da Viviane pálida, tentando se explicar, voltaram como um filme. Algo dentro dele gritava: "Você errou todos esses anos".
— Ah