Ao cair do crepúsculo, Tatiana não sabia onde estava.
Ela se sentia como um tronco flutuante nas águas, rolando e balançando como se estivesse em um navio pirata.
Não sabia quanto tempo havia passado, mas finalmente a sensação de turbulência desapareceu, permitindo que ela respirasse e descansasse, encolhida em um canto onde podia se deitar em paz.
Mas alguém ao seu lado não a deixava se encolher, e ficava a puxando para que se deitasse corretamente.
Logo depois, sentiu que alguém lhe dava água na boca; ela parou de se debater e se mover, seguindo instintivamente às necessidades de seu corpo, até que finalmente caiu em um sono profundo.
Quando sua consciência começou a clarear e ela abriu os olhos novamente, o que viu foi um nascer do sol sangrento tingindo vastas nuvens de vermelho.
Tatiana ficou um pouco hipnotizada.
Ela já havia visto o nascer do sol antes, mas era a primeira vez que o via daquela forma.
Cercada por montanhas, com picos sobrepostos e névoa que ainda não havia se dis