Ouvindo a voz calma de Guilherme, o humor de Tatiana gradualmente se estabilizou naquele cenário desolado porém natural.
Um raio de luz atravessava o céu cinzento e nublado, e o brilho do sol nascente perfurava uma camada de nuvens escuras, caindo precisamente sobre o lago e refletindo um lampejo vermelho vibrante. Embora rapidamente ocultado pelas nuvens, aquele brilho dispersou completamente a sombra que envolvia sua cabeça.
Tatiana levantou os olhos para Guilherme e disse:
- Sr. Borges, você poderia me mover um pouco? Eu gostaria de ver a paisagem montanhosa do outro lado; aquela árvore à frente está bloqueando minha visão.
Guilherme se virou surpreso para ela.
- Você realmente tem um gosto refinado para querer apreciar a paisagem a esta hora.
Embora suas palavras fossem carregadas de sarcasmo, Guilherme não dificultou para Tatiana. Ele se inclinou para a pegar no colo e a mudou para um lugar com uma vista mais ampla.
- A vista daqui é boa, mas não se mova demais. Não há árvores aq