Sílvio não tirava os olhos de Lúcia, com um olhar cheio de ternura e admiração, sem piscar por um instante sequer.
Lúcia revirou os olhos, impaciente:
— Tá olhando o quê?
— Você é linda, não consigo evitar.
— Quer perder os olhos? Olha de novo e eu arranco! — Respondeu Lúcia com uma firmeza típica dela, mas que ele sempre achava encantadora.
Ainda assim, ele abriu um sorriso provocador:
— Pode arrancar, mas mesmo sem olhos eu vou continuar te olhando. Enquanto eu tiver um sopro de vida, meus olhos vão estar em você.
— Cala a boca! — Lúcia bufou, revirando os olhos. Era sempre assim, ele dizia algo que a deixava sem palavras.
Sílvio fechou a boca, obediente, mas seus olhos continuaram fixos nela. Irritada, Lúcia virou as costas e saiu do quarto. Ele suspirou, pegou o celular e ligou para Leopoldo.
Leopoldo atendeu sem suspeitar de nada:
— Sr. Sílvio...
— Traga os documentos que a Lúcia precisa resolver aqui para o hospital.
— A senhora está internada?
A ligação foi encerrada antes que L