Lúcia sentiu um frio na espinha.
“Droga. Ontem à noite eu estraguei tudo por causa da bebida.”
— O café da manhã está pronto. Fiz tudo do jeito que você gosta. — Disse Sílvio, com um sorriso servil no rosto.
Lúcia lançou um olhar frio para ele:
— Já acordou? Então pode ir embora.
— Lúcia, você vai mesmo fingir que nada aconteceu? — O sorriso dele desapareceu no mesmo instante. Com o olhar perdido, ele mordeu os lábios, tentando disfarçar a decepção.
Na mente de Lúcia, a resposta era clara:
“Não tenha pena de homem. Isso nunca acaba bem.”
Ela saiu da cama, pegou a camisola que estava jogada no chão e a vestiu de qualquer jeito:
— Somos dois adultos, Sílvio. Uma noite juntos não deveria ser algo surpreendente, certo?
— Ontem foi só uma noite qualquer para você? — Ele piscou, tentando conter as lágrimas que já começavam a se formar. Ele achava que aquilo significava que ela o tinha perdoado.
Lúcia soltou uma risada seca:
— E o que mais seria?
Na hora de sair, Sílvio, em um tom quase humil