Basílio viu quando ela se sentou no banco do passageiro. Seus lábios se curvaram levemente em um sorriso discreto, enquanto ele assumia o volante.
O carro seguia pelo trajeto de forma tranquila. O silêncio tomou conta do ambiente e, com uma das mãos no volante, Basílio batucava com os dedos, distraído, enquanto quebrava o gelo:
— Lúcia e o Sr. Sílvio terminaram mesmo?
— Terminar, tem como fingir? — Lúcia respondeu com os lábios comprimidos, sem demonstrar emoções.
Basílio deu um sorriso de canto:
— Vocês dois já terminaram e voltaram tantas vezes que eu nem sei mais se devo levar isso a sério.
— Desta vez é pra valer. Não tem volta. — Lúcia abaixou os olhos, fixando-os nas pernas cruzadas sobre o vestido. Um sorriso amargo escapou.
— Lúcia, teoricamente isso é um assunto só de vocês dois, e eu sou apenas um espectador. Mas, como seu amigo, sinto que deveria aconselhá-la. Se o motivo desse rompimento foi porque o Sr. Sílvio fez algo precipitado para enfrentar um inimigo, talvez valha a