O carro avançava em alta velocidade pela estrada asfaltada.
A pista, molhada pela neve derretida, brilhava sob as luzes dos postes. Os flocos de neve caíam continuamente sobre o para-brisa, e o limpador trabalhava em um ritmo constante, empurrando a neve acumulada para os lados.
Sílvio observava com um olhar frio as luzes de néon e os pedestres que passavam pela janela. O vidro estava meio abaixado, e o vento gelado cortava seu rosto, mas ele parecia completamente alheio ao frio.
— Sr. Sílvio, os resultados dos exames do hospital ficaram prontos. — Leopoldo falou, segurando o volante com certo nervosismo.
Sílvio finalmente desviou o olhar da janela e fixou os olhos nele:
— Fale.
— Seu instinto estava certo. A Sra. Lúcia que está na sua mansão realmente tem algo errado.
— Continue.
— O relógio que o senhor me entregou estava cheio de substâncias entorpecentes.
— Entorpecentes?
— Exato. É um tipo de droga incolor e inodora, quase impossível de ser detectada. Com o uso prolongado, ela cau