Na mente de Sílvio, o conteúdo do vídeo enviado por Giovana vinha à tona de forma frenética.
No vídeo, Lúcia sorria brilhantemente para aquele policial.
Sílvio, no entanto, manteve a racionalidade, tentando suprimir a ciúme e a fúria que ardiam dentro dele.
Lúcia tentou se desvencilhar, mas ele apertava seu braço cada vez mais forte.
Ela soltou um suspiro de dor.
Lúcia deu uma risada fria:
- Desculpe, eu nunca aprendi a atuar, não sei fingir sorrisos. Se quer ver alguém sorrindo falsamente, vá procurar a Giovana.
- É assim que você fala comigo?
Sílvio semicerrava os olhos, seu olhar gélido.
Lúcia não respondeu, abaixou os olhos, exausta, sem forças nem para brigar ou questionar.
- Eu te liguei, por que você não atendeu? - Insistiu Sílvio.
Lúcia olhou para os chinelos de algodão nos pés:
- Estava sem bateria. Sílvio, posso emprestar seu celular um instante?
- O que você quer fazer? - Perguntou Sílvio.
Lúcia levantou o olhar, com um sorriso amargo:
- Antes, eu podia mexer no seu celul