Sílvio caminhava na direção da Giovana, calçando chinelos de algodão. Conforme ele se aproximava, o aroma fresco do sabonete líquido preencheu o ar, chegando aos sentidos de Giovana.
Ao vê-lo, seus olhos instantaneamente se encheram de lágrimas. Um aperto tomou conta de seu peito. Depois de tudo o que havia passado naquele dia nas mãos de Arthur, seu coração parecia ainda mais frágil. Mesmo assim, ela disfarçou a dor e forçou um sorriso na direção dele.
— Onde você estava agora há pouco? — Perguntou Sílvio, olhando para ela com preocupação.
— Sílvio, você estava... preocupado comigo? — Giovana ficou surpresa, quase sem acreditar no que ouvia.
Ele franziu as sobrancelhas:
— Você é minha esposa. Não é normal eu me preocupar?
"Esposa." Ele a chamou de esposa. Depois de tantos anos, ela finalmente ouviu essa palavra sair da boca dele. "Valeu a pena tudo o que eu fiz, valeu a pena cada sacrifício", pensou Giovana.
Ao perceber que os olhos dela estavam vermelhos e que lágrimas começavam a es