Como poderia se sentir feliz? Mesmo que ele morresse, os pais dela não voltariam, e a família Baptista nunca seria como antes.
Seu coração, agora, era apenas um amontoado de pedaços quebrados. A morte dele não traria solução alguma. A situação já havia chegado a um ponto irreversível.
Mas Lúcia estava consumida pela raiva. Sentia-se injustiçada pelos pais que morreram em vão e não conseguia aceitar o declínio da família Baptista.
Ela não sabia da real condição de saúde de Sílvio, e as palavras que saíam de sua boca eram como facas cravadas diretamente no coração dele:
— Claro que sim. Então, Sílvio, morra logo!
Depois, ela seguiu apressada para o quarto, batendo a porta com força.
Sílvio ficou parado no mesmo lugar, imóvel, como se algo estivesse preso em sua garganta. Seus olhos estavam vermelhos e inchados. Ele se jogou no sofá e tirou um cigarro do bolso, colocando-o entre os lábios ressecados.
Com o isqueiro, acendeu o cigarro, mas a fumaça parecia mais forte do que o habitual, faz