Lúcia olhou para o próprio ombro e, com um sorriso gentil, disse:
— Você pode chorar no meu ombro, se quiser.
— Não precisa. — Respondeu Sílvio, entre lágrimas e um sorriso.
Mas Lúcia não aceitou a recusa. Com delicadeza, pressionou a cabeça dele contra seu ombro:
— Somos marido e mulher. Não precisa ter vergonha de mim.
— Lúcia, aquilo que você disse mais cedo... eu levei a sério.
— O que eu disse? — Lúcia perguntou, confusa.
Ele respirou fundo, tentando se recompor. Seus olhos ainda estavam vermelhos quando ele a encarou.
— Que você nunca vai me deixar. Eu não estou brincando. Se você me abandonar, Lúcia, eu vou enlouquecer de verdade.
— Eu nunca vou te deixar, Sílvio.
— E se um dia você descobrir que fiz algo errado?
— Então eu vou ouvir sua explicação. Eu sei que você sempre teve boas intenções.
Sílvio não respondeu. Em vez disso, ergueu o corpo e a puxou para um abraço ainda mais apertado. Ele a segurou com tanta força que parecia querer protegê-la de todo o mal do mundo. Com aque