Ela estava com a mente distante, e sempre que escrevia, era a mesma frase:
[Lúcia gosta de Sílvio.]
Lúcia gostava de Sílvio.
Mas Sílvio a amaldiçoava, desejando sua morte, e não apenas uma vez.
Ele até já tinha preparado a mortalha e o funeral dela.
Um homem tão cruel e desumano, ela não queria e não podia mais gostar dele.
Seu coração estava apertado e dolorido, como se estivesse sendo queimado por um fogo intenso, já sem nenhuma gota de água.
Lúcia rasgou a folha de rosto com firmeza, amassou-a com uma expressão complexa e a jogou na lixeira aos seus pés.
- Srta. Lúcia, me desculpe, não deveria ter falado nada, por favor, não fique brava.
Marina, vendo a expressão dela, achou que Lúcia estava chateada e se apressou em pedir desculpas.
Lúcia sorriu suavemente:
- Não estou brava, me leve para jantar.
- Certo.
Com as mãos no guidão da cadeira de rodas, Marina a empurrou para fora do quarto, em direção à sala de jantar.
…
No escritório do presidente do Grupo Baptista.
Sílvio estava con