Lúcia aceitou a explicação de Basílio sem questionar. Algo nele a fazia acreditar que ele não era uma má pessoa.
— E qual é o seu nome?
— Basílio Araújo. — Ele pronunciou o nome devagar, com clareza, para que ela pudesse gravá-lo.
Anos atrás, quando se conheceram pela primeira vez, ela também lhe perguntara o nome da mesma maneira, e ele havia respondido exatamente assim.
Mas, naquela época, ela não conseguira lembrar.
No meio da multidão, ele era praticamente invisível. Filho ilegítimo, tímido e inseguro, ele não ousava se aproximar dela. Só a observava de longe, admirando-a em silêncio.
Agora, ele era o presidente do Grupo Araújo, trazido de volta pela família rica de seu pai. No entanto, ela já não tinha mais nenhum laço com ele.
Lúcia repetiu o nome dele:
— Basílio. É um nome bonito. Vou me lembrar.
— Lúcia, você está feliz agora? — Basílio perguntou, com um olhar cheio de sentimentos conflitantes: compaixão, dor e preocupação.
Ele estava triste por ela ter perdido a memória, mas s