— Dinheiro não é problema.
A mansão estava imersa na escuridão. Sílvio apoiava-se na mesa, com os dedos longos segurando o celular. Sua voz soava rouca.
Do outro lado da linha, Ilídio riu suavemente:
— Sr. Sílvio, não se trata de dinheiro. Meu pai já passou dos setenta e há muito tempo deixou de se importar com fama ou fortuna. O que ele valoriza agora é o destino, a sorte de cruzar com as pessoas certas.
— Sr. Ilídio, soube que você está interessado naquele terreno no sul da cidade? — Sílvio comentou, sua voz carregada de intenções.
Ilídio riu mais uma vez:
— Haha, Sr. Sílvio, vejo que está muito bem informado sobre nossos negócios. Mas, mesmo que o senhor me concedesse aquele terreno, eu não teria coragem de aceitá-lo. — Ele continuou, ainda com um tom descontraído. — Meu pai já assumiu um novo caso. O paciente deve consultá-lo a qualquer momento. A verdade é que ele está com as mãos cheias, Sr. Sílvio. Acho melhor o senhor procurar outro especialista.
Sílvio percebeu que aquilo era