O olhar de Sílvio expressou surpresa. Ele rapidamente pegou um lenço com a mão que usava relógio e tentou limpar o sangue que escorria dos lábios de Lúcia.
Mas não importava o quanto ele limpasse, o sangue continuava a fluir, e parecia que quanto mais ele limpava, mais sangue surgia.
A temperatura de Lúcia, em seus braços, ficava cada vez mais fria.
Sílvio se lembrou de Abelardo. Quando ele caiu da sacada, também não parava de cuspir sangue, até que o Dr. Arthur chegou, mas já era tarde demais. O corpo de Abelardo foi ficando cada vez mais gelado...
Uma onda de pânico atravessou Sílvio. Ele engoliu em seco e gritou:
— Ainda não chegamos ao hospital? Acelera!
Leopoldo, que estava concentrado na direção, ficou alarmado ao ouvir o tom de voz trêmulo de Sílvio. Olhou pelo retrovisor e viu Lúcia nos braços dele, inconsciente, mas agora vomitando sangue.
Isso não era um bom sinal! Leopoldo também ficou nervoso. Seus dedos longos apertaram o volante com mais força, e ele pisou fundo no aceler