O médico olhava para Lúcia, sentada à sua frente, e depois voltava a analisar a radiografia em suas mãos, como se não soubesse exatamente como lhe dar a notícia.
Lúcia voltou a segurar o copo descartável que antes estava sobre a mesa. Enquanto o médico analisava as radiografias, ela mantinha uma expressão calma e sem grandes emoções, mas seus dedos apertavam o copo com força. Ela não era tão forte quanto imaginava.
Além disso, Lúcia sabia ler as expressões das pessoas. Pelo semblante e pela hesitação do médico, ela já podia imaginar que sua situação não era nada boa.
— Doutor, não precisa ficar com esse peso na consciência. Já cheguei até aqui, estou preparada. Pode me dizer o que for necessário. — Disse Lúcia, sorrindo levemente, tentando demonstrar segurança.
O medo não adiantava de nada. Não havia como fugir ou evitar a situação, só restava enfrentá-la de frente.
Por isso, Lúcia optou por aceitar sua condição física, seja qual fosse o diagnóstico, bom ou ruim, ela estava pronta para