Lúcia achava que o que a aguardava era a neve gelada e o chão duro, mas, para sua surpresa, caiu nos braços de alguém. E esse abraço trazia um perfume familiar.
Com esforço, ela abriu os olhos e viu que estava nos braços de Basílio.
Basílio agora usava cabelo raspado. Talvez pelo fato de ter se tornado o presidente do Grupo Araújo, suas roupas descontraídas tinham sido substituídas por um terno formal.
Um homem bonito ficava bem com qualquer roupa, e Basílio não era exceção.
Seus traços não eram tão afiados e frios quanto os de Sílvio; em vez disso, ele transmitia uma suavidade e uma clareza que o tornavam mais acolhedor.
Basílio estava na área para um compromisso de negócios. Quando saiu do carro, pronto para ir a um hotel nas proximidades, avistou Lúcia prestes a desmaiar no chão.
Lúcia percebeu, com tristeza, que Basílio parecia se preocupar mais com ela do que seu próprio marido.
— Srta. Lúcia, vou levá-la ao hospital. — Disse Basílio, sempre gentil e cortês, incapaz de ultrapassar