Abelardo olhava para Lúcia com uma mistura de emoções nos olhos – ansiedade, confusão e desespero. Ele tentava falar, mas só conseguia emitir gemidos, gesticulando de forma agitada.
Lúcia sabia que seu pai estava preocupado com ela. Mas será que ela conseguiria convencer Sílvio a deixá-lo voltar para casa para passar o Natal? Nem ela tinha certeza. Seu coração estava cheio de apreensão.
Mesmo assim, Lúcia tentou acalmar sua própria inquietação. Segurou a mão de Abelardo com delicadeza e disse em um tom suave:
— Pai, não se preocupe mais. O senhor já passou a vida inteira cuidando de tudo. Agora, deixa comigo. Hoje, de qualquer forma, vou levar o senhor de volta para a Mansão Baptista.
Abelardo sorriu aliviado ao ouvir essas palavras.
— Pode esperar pelas boas notícias, papai! — Lúcia sorriu, tentando transmitir confiança.
Ele assentiu com gratidão, seus olhos brilhando com um misto de alívio e esperança.
Depois de tranquilizar Abelardo, Lúcia saiu do quarto. Ela não ligou para Sílvio.