O tom do Dr. Arthur não era de reprovação, mas sim de consolo:
— Você perdeu essa oportunidade, Giovana. Tenho medo que encontrar outra chance seja cada vez mais difícil.
— Cala essa boca, seu agourento! — Giovana respondeu irritada e desligou o telefone bruscamente.
No quarto, Sandra havia chamado uma enfermeira para ajudar a colocar Abelardo de volta na cama. Ele soltava gemidos abafados, e Sandra, preocupada, perguntou:
— Está com sede?
Abelardo balançou a cabeça negativamente.
— Está com fome, então?
Outro aceno de negação. Frustrado, Abelardo jogou no chão tudo o que havia no prato de frutas. A enfermeira, assustada com a reação dele, deixou o quarto rapidamente.
Sandra começou a recolher o que estava espalhado pelo chão:
— Calma, por favor. Eu só saí por um momento para pegar água. Sei que você não quer que eu me afaste de você.
— Ugh! Ugh! — Abelardo protestava, mas Sandra não conseguia entender nada do que ele dizia. Desesperada, ela foi até a enfermaria e voltou com papel e ca