Depois de desligar o telefone, Sílvio ficou com uma sensação incômoda de que algo estava errado, mas não conseguia apontar exatamente o quê.
Afinal, o Dr. Arthur era alguém de sua confiança, que o servia há tantos anos. Não se atreveria a falsificar relatórios médicos, certo?
Será que era Lúcia quem estava mentindo? No fim das contas, ela já não se importava com ele há muito tempo. Vivia trocando olhares com Basílio. E as palavras de Basílio? Quanta verdade poderia haver nelas?
Com o rosto fechado, Sílvio atravessou a rua, caminhou até o Bentley preto estacionado e abriu a porta.
Lúcia estava aproveitando o aquecimento do carro, mas assim que a porta se abriu, uma rajada de vento forte invadiu o interior, bagunçando seus longos cabelos. As mechas se grudaram em seu rosto, e sua respiração ficou descompassada.
Ela ainda estava preocupada, pensando se Sílvio tinha feito algo contra Basílio. E, de repente, lá estava ele, de volta.
Sílvio lançou um olhar rápido para o rosto pálido e sem vi