Lúcia estava prestes a afastar a mão dele, mas de repente congelou.
Naquele instante, sua mente clareou, e ela percebeu que afastá-lo teria um preço alto demais, um que ela não estava disposta a pagar.
Ela respirou fundo, piscando para aliviar os olhos ressecados e doloridos, e deixou cair a mão que havia tocado a camisa cinza dele.
Basílio, que observava tudo, franziu as sobrancelhas:
— Sílvio, você não percebe que ela não quer isso?
— E quem disse que ela não quer? — Sílvio soltou uma risada sarcástica, virando-se para Lúcia com um sorriso malicioso. — Amor, diga ao Sr. Basílio que você gosta de ser tratada assim, né?
Lúcia notou o olhar preocupado de Basílio voltando a se fixar nela.
Ela não gostava, é claro que não. Ela não era masoquista.
A atmosfera na loja ficou pesada, talvez pela falta de circulação de ar. A sensação de sufocamento fez com que sua respiração se acelerasse.
Era engraçado como, quando estavam felizes, até o ar parecia mais leve, mais doce. Mas, quando estavam tr