— Quem te deu permissão para entrar no carro? Sai agora! — Sílvio disse, com um sorriso de escárnio, enquanto terminava de ajustar o cinto de segurança.
Lúcia sentiu uma dor profunda no peito, mas disfarçou com um sorriso despreocupado:
— Se quer que eu saia, então atenda ao meu pedido.
— Você está delirando!
— Sem problemas. Se você não aceitar, eu vou continuar te seguindo. Para onde você for, eu vou. Se eu não ficar constrangida, quem vai ficar é você. — Lúcia lançou-lhe um olhar confiante. — Este carro foi comprado depois do nosso casamento, então metade dele é meu. Estamos apenas separados no papel, mas ainda não divorciados oficialmente. Se eu não posso sentar no banco do passageiro, quem vai sentar? A Giovana?
— Quer tanto me seguir? Então siga! — Sílvio disse, com o rosto frio, girando o volante abruptamente.
Em uma curva acentuada, Lúcia quase foi arremessada contra o para-brisa, mas o cinto de segurança a segurou firmemente:
— Sílvio, você sabe dirigir? Vai devagar!
— Ou sa