A porta do camarote foi fechada.
Sílvio se virou e voltou para o sofá.
Lúcia fechou os olhos, apertando os punhos, lutando para conter a humilhação que sentia.
Ela não tinha mais saída. Os quinhentos mil reais do adiantamento já tinham sido enviados para sua mãe, e ela não tinha como devolver o dinheiro.
Além disso, ela precisava desesperadamente de mais dinheiro.
Diante da situação, ela não tinha outra escolha a não ser continuar.
— Você vai tirar a roupa ou não?
Sílvio pegou o copo de vinho que Lúcia lhe havia dado e perguntou, impaciente.
— Moça, por que está enrolando? O Sr. Sílvio está ficando impaciente, não percebeu? Vamos, faça direitinho que eu te dou mais dinheiro. — João disse, encarando Lúcia.
Leopoldo apertou o pulso de João com mais força, fazendo-o gritar de dor:
— Ai, está doendo...
— Leopoldo, não seja rude. — Ordenou Sílvio friamente.
Leopoldo soltou o pulso de João com desprezo.
João massageou o pulso vermelho e inchado:
— Tudo bem, tudo bem, eu sei que Leopoldo nã