— Não tenha medo, o Sr. Sílvio é muito gentil com as mulheres.
João pegou a taça de vinho em cima da mesa e a entregou para Lúcia, que segurava a garrafa de vinho.
Aquele vinho estava adulterado.
Quando a garota e Sílvio estivessem na cama, as coisas pegariam fogo. Sílvio ficaria satisfeito e o contrato seria fechado sem problemas.
E se Sílvio descobrisse, a culpada seria ela, diria que foi ela quem colocou a droga.
Lúcia colocou a garrafa de vinho no chão. Só queria entregar a taça e sair dali o mais rápido possível, pegar os quinhentos mil reais restantes. Afinal, seu pai ainda estava no hospital esperando.
Ela respirou fundo, tentando acalmar a ansiedade, e estendeu a mão para pegar a taça de vinho das mãos de João, levantando-se do chão.
Depois de tanto tempo ajoelhada, seus joelhos estavam dormentes e ela quase perdeu o equilíbrio. Com um sorriso profissional no rosto, caminhou em direção àquela zona escura.
— Sr. Sílvio, por favor, beba o vinho.
Lúcia segurava a taça com ambas