- Sra. Lúcia não disse nada. - Leopoldo respondeu a Sílvio
Leopoldo terminou de falar, segurando o guarda-chuva, e começou a falar ao telefone com Lúcia:
- Sra. Lúcia, a senhora está me ouvindo? O Presidente Sílvio já está na porta do cartório.
- Estou vendo vocês. Também estou na entrada do cartório.
Sílvio e Leopoldo estavam perto um do outro, e a voz calma de Lúcia no telefone chegou aos ouvidos de Sílvio.
Ele levantou levemente a cabeça.
O cartório estava do outro lado da rua.
Lúcia estava parada nos degraus da entrada do cartório.
Folhas nas árvores e nos degraus estavam cobertas de um branco sem vida.
A única cor viva era Lúcia, vestida de vermelho vibrante.
Sílvio atravessou a rua com suas longas pernas, caminhando em direção a ela, seu olhar afiado fixo no rosto dela.
A mulher estava com uma maquiagem impecável, o cabelo preso em um coque.
Fazia muito tempo que ele não a via se arrumar assim, pois ele já havia dito que não gostava quando ela se vestia de forma chamativa.
Duran