Ivone pegou o celular, deu uma olhada no visor e atendeu:
— Sr. Bruno.
— Iva, você ainda não foi dormir, né? — Disse Bruno.
— Não, ainda não.
— Então, você tá ocupada?
— Bruno, fala logo o que aconteceu. — Ela segurou o telefone e se afastou um pouco, buscando um lugar mais tranquilo para atender.
Do outro lado da linha, Bruno começou a desabafar:
— Iva, será que você poderia vir trabalhar agora?
— Agora? Já são quase onze da noite. — Ela franziu a testa, não acreditando no que ouvia.
Ele, então, começou a apelar:
— Eu sei que é um absurdo, mas não tenho escolha. Acabei de receber a ordem. Um projeto foi adiantado de repente e precisamos resolver isso urgente. Prometo que vou falar com o Sr. Basílio para te dar um aumento. Que tal? E você nem precisa ir até o escritório, não quero que você se arrisque sozinha à noite. Só precisa ir até a mansão do Sr. Basílio.
— Você está dizendo que o Basílio vai trabalhar comigo?
— Dá pra dizer que sim.
Ivone sabia que Bruno não passava de um mensage