Ao enxergar Conor daquela forma, Belinda deixou transparecer um olhar de desespero. Com a voz trêmula, tentou mudar de assunto à força:
— É porque o senhor é bom, Alfa! Mesmo sem amar a Luna, ela ainda era sua companheira. É natural que se sinta abalado vendo sua morte. Não demora muito, o senhor vai superar isso.
— Afinal, o senhor não ama a Luna. — Ela repetiu cada palavra de forma enfática, quase soletrando.
Ouvindo aquilo, Conor pareceu subitamente iluminado, como alguém à beira do afogamento que encontrava um tronco para se agarrar. Ele começou a repetir as palavras que Belinda havia dito:
— Certo, certo. Você está certa, eu não amo ela. Eu não mataria a própria mulher se a amasse de verdade.
Depois de repetir essas frases algumas vezes, Conor enfim conseguiu se acalmar. Com Belinda ao lado, ele saiu da câmara fria e voltou à rotina de trabalho e às obrigações da matilha.
Naquele dia, enquanto Conor fazia a inspeção de costume com seus subordinados do lado de fora das muralhas da