Daniel voltou a falar.
Uma vez após a outra, praticamente uma pergunta por ano.
Nicole, naturalmente, respondia que se lembrava de tudo. Ela só se atrevia a dizer que se lembrava; quanto mais ele perguntava, mais ela tinha medo de falar uma palavra a mais. No final, nem se atrevia a dizer algo além de "sim".
Porque cada vez que ela respondia, Daniel soltava uma risada fria.
No final, Nicole sentiu que estava prestes a enlouquecer com tanta tortura, suando de nervoso.
Ela até temia ouvir Daniel dizer de novo: "Você ainda se lembra...". Afinal, ela devia se lembrar ou não?
Finalmente, Daniel parou de fazer perguntas.
Mas ele continuou olhando fixamente para Nicole, e aquele olhar fazia Nicole se sentir como se estivesse sentada em um monte de espinhos.
— Irmão... — Chamou Nicole, desamparada.
O desprezo nos olhos de Daniel cresceu ao máximo.
— Eu não sou seu irmão. Se eu fosse seu irmão, como você poderia não se lembrar que eu nunca dei um colar de pérolas para a Rafaella? Quando ela tin